Concedida licença para primeira usina de etanol da Região Central, com R$ 100 milhões de investimento

Deni Zolin

Concedida licença para primeira usina de etanol da Região Central, com R$ 100 milhões de investimento

Arte gráfica mostra como será a usina em Santiago

Depois de meses de espera, foi entregue, na tarde desta quinta-feira, pelo governador Eduardo Leite (PSDB), a licença de instalação da Fepam para a construção da primeira grande usina de etanol da Região Central. A indústria vai produzir o combustível a partir de trigo e cereais e começará a ser construída na semana que vem, em Santiago, pela empresa CB Bioenergia. A previsão é de um investimento inicial de R$ 100 milhões e começo da operação da usina até o final deste ano. Além do combustível, a fábrica também produzirá ração úmida para animais, chamada DDG, e CO2.

Segundo o prefeito de Santiago, Tiago Gorski Lacerda, na fase de construção, serão criados mais de 100 empregos e, para a operação da usina, 80 empregos diretos.

– A produção será de 10 milhões de litros por ano, ou 35 mil litros de etanol por dia. Esse é o primeiro passo de três módulos que a fábrica terá. Mas para 2027, o investimento chegará à casa dos R$ 400 milhões. Isso vai mudar a matriz produtiva do Estado, que importa hoje 100% do etanol do Sudeste e do Centro-Oeste – disse Lacerda, lembrando que a usina já tem planos para ampliações.

O empresário Cassio Bonotto diz que a terraplenagem começa na semana que vem, no terreno, no trevo de Santiago em direção a Bossoroca, e a obra deve ser rápida porque toda a estrutura metálica e de caldeiras da usina já foi fabricada por uma indústria, na cidade de Getúlio Vargas, sendo necessária só a montagem.

– Esse primeiro módulo vai produzir etanol hidratado, para vender para aviação agrícola ou para distribuidoras, para postos, vai depender do que disser o mercado. Nessa primeira fase, vamos esmagar 26 mil toneladas de trigo por ano, produzindo 10 milhões de litros de etanol, 8 mil toneladas anuais de ração DDG para animais e 8 mil toneladas de CO2. O segundo módulo será quatro vezes maior, com mais R$ 300 milhões investidos, para esmagar mais 130 mil toneladas de trigo por ano, fabricando mais 40 milhões de litros de etanol, atingindo um total de 50 milhões de litros anuais. Nessa segunda etapa, serão mais 40 mil toneladas de ração por ano e 40 mil toneladas de CO2 anuais. Ao todo, chegará a 250 empregos diretos, sem contar nos indiretos, com transporte de trigo, do etanol e da ração – diz Bonotto.

O prefeito reforça que essa usina vai impulsionar a economia de Santiago e da região:

– Não se mede a grandiosidade desse empreendimento só na quantidade de empregos, e sim pelo legado que deixa na economia, pois vai estimular todos os agricultores do entorno, as cerealistas, a desenvolver atividades para produzir matéria-prima para a usina. Em linhas gerais, o Estado planta 10 milhões de hectares no verão, e 1 milhão de hectares no inverno. Com usinas de cereais de inverno, como essa de trigo, vai aumentar consideravelmente a área cultivada, transformando a economia, pois vai ser uma nova safra no inverno. Os agricultores precisarão de combustíveis, de máquinas, de equipamentos, de mão de obra, vai ter uma geração de impostos aos municípios. Enfim, é um novo alento para a economia da nossa região.

Esse primeiro módulo da usina, que deve entrar em operação ainda este ano, fabricará etanol hidratado, que deve ser vendido para aviação agrícola. Os próximos módulos devem ser para a produção de etanol anidro, usado para ser misturado na gasolina.

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